Wednesday, November 7, 2007

Direito de Réplica

A pedido de várias famílias, venho exercer o meu direito de réplica sem qualquer tipo de discordância. Discordância de conteúdo sim, mas concordância em discordar (maneira pomposa de dizer que adoro uma boa discussão): A respeito do filme "Elizabeth II, a sequela - bigger, better and even more red-haired", nunca disse que tinha gostado do resultado final. Ao falar em épico discreto, quis com isso dizer que não aquece nem arrefece, o que por vezes consegue ser melhor do que o fogo de artifício com que nos atiram para as trombas frequentemente. Discordo completamente que a Kate "olhem-para-mim-que-estou-tão-ruiva" Blanchett esteja no seu melhor, ou até mesmo a meio-gás. Ela joga precisamente com o facto de ser um épico, fez uma má leitura do que iria sair dali, ou seja, poucos clímaxes, pouco estrondo, pouco arrebatador (não que eu desejasse isso). Ela comportou-se como se os efeitos fx fizessem o resto e "eu basta fazer olhinhos que a coisa dá-se". A coisa não se deu. Saiu tudo frouxo e ela a contar com que a bilheteira trabalhasse por ela. Concordo que a realização andava a apanhar bonés. Mas o que é facto é que o argumentista, depois da morte da Mary Stuart (Maria Estuarda, como o espanhol ou lá o que eles inventaram como espanhol, frisou e o sr. das legendas concordou ainda por cima) também pouco mais sabia o que escrever. A história era pouca, a Elizabeth confiou na montagem para brilhar com pouco, enfim: Comida de plástico em forma de bobine. Agora: o que eu disse é que no meio deste pãozinho sem sal de factos históricos dados a medo como quem está à rasca com a possibilidade de se enganar e ter meio mundo de historiadores europeus a cair-lhe em cima, a Ms Samantha Morton igualou-se a ela própria ao, mais uma vez, superar-se. Nota final: O senhor do Notting Hill, sinceramente, devia continuar a fazer festas de anos vestido de Spike...
Nota final (agora é que é): Que raio de personagem afectada inventaram eles como Filipe II de Espanha (que viria a ser Filipe I de Portugal, portanto nem gosto especialmente dele) e porque é que todos os castelhanos quando falavam pareciam que estavam no Teatro Nacional no final dos anos 70?

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