Wednesday, June 11, 2008

Que chatos, pá!!

Tinha de ser... a esquerda de escada a baixo, trauliteiramente, lá voltou a ser mais fundamentalista que o próprio Hamas. O Sr. Presidente da República usa uma expressão maldita de há 40 ou 50 anos atrás, portanto noutro referencial socio-politico e cai o Carmo e a Trindade (expressão também criada no pós-regime imediato, mas esta não deve fazer mal utilizar).
O "dia da raça" ou "a raça" não tem a ver necessariamente com xenofobia ou racismo. Duvido muito sinceramente que o professor Cavaco Silva quisesse com esse comentário no dia 10 de Junho dizer que é anti-imigração. Nem os srs. da SOS Racismo disseram nada desta vez, portanto o sr. historiador da treta foi descadeirado, juntamente com os suspensórios e o cachimbo. Dia da raça, no contexto em que foi dito pretende, para quem não é totalmente faccioso, obviamente falar de valores socio-culturais específicos de quem está imerso na cultura portuguesa, fazendo por definição parte dela, seja gordo ou magro, amarelo ou azul, nascido cá ou cá a trabalhar. Se faz parte de uma cultura, constroi essa própria cultura. Começam a ser dolorosamente óbvios os bafientos estrebuchos da extrema-esquerda bolorenta que têm o lápis azul mais afiado do que qualquer outro. Percebo que não têm nada onde pegar desde o final do séc. XX, mas então deixem de chatear e façam algo construtivo, olhem, vejam o Euro 2008. Aí podem dar asas ao vosso espírito do contra e, sei lá, torcerem pelos Gregos. Espera lá... isso também não pode ser... porque o Euro é futebol e no futebol às vezes discute-se a posse de bola "na raça"... deve ser proibido dizer...

Wednesday, June 4, 2008

Um ensaio sobre arte

Ouvir Queen... ou ouvir Muse... Passei uma boa parte da vida a achar que era diferente dos outros, nada me aquecia ou arrefecia na música, tirando uma boa banda sonora, portanto acompanhada de imagens. Aliás, a frase batidíssima "o problema da vida é não ter banda sonora" é das que ainda mais me vai movendo pelos meus dias de inquilino nesta Terra. Descobri no entanto que apenas tenho gosto muito específico, apenas gosto do que gosto e é um erro forçar-se a gostar disto ou de aquilo só porque sim. Nem mesmo quando a miúda que curtimos gosta muito... Acabamos por encontrar maravilhas na forma de paralelismos: Gosta-se imenso de uma música, toca-nos, chama-nos, acorda-nos a alma. Não sabemos de quem é... entretanto, ouvimos outra: Tem piada, faz mesmo lembrar aquela que curti há uns tempos! Se tomarmos atenção, até pode ser dos mesmos autores... Até que acabamos a descobrir fanzines perfeitas, influências directas ou indirectas. A riqueza está no engenho e talento empregues com bom gosto SOBRE o que outros músicos já nos tinham trazido há 10, 20 ou 30 anos atrás. Juntem-lhes imagem: Não, não temos um vídeo-clip... Sejam mais profundos, seus brincalhões! Quando a partitura da música faz parte da própria manifestação da arte, quando o sub-texto da própria música se materializa em quadros em movimento... Cinema. E, realmente, a vida precisa de uma OST... e, às vezes de uma sala de edição, onde deitar para o chão os bocados cortados que não interessam.