Wednesday, June 4, 2008

Um ensaio sobre arte

Ouvir Queen... ou ouvir Muse... Passei uma boa parte da vida a achar que era diferente dos outros, nada me aquecia ou arrefecia na música, tirando uma boa banda sonora, portanto acompanhada de imagens. Aliás, a frase batidíssima "o problema da vida é não ter banda sonora" é das que ainda mais me vai movendo pelos meus dias de inquilino nesta Terra. Descobri no entanto que apenas tenho gosto muito específico, apenas gosto do que gosto e é um erro forçar-se a gostar disto ou de aquilo só porque sim. Nem mesmo quando a miúda que curtimos gosta muito... Acabamos por encontrar maravilhas na forma de paralelismos: Gosta-se imenso de uma música, toca-nos, chama-nos, acorda-nos a alma. Não sabemos de quem é... entretanto, ouvimos outra: Tem piada, faz mesmo lembrar aquela que curti há uns tempos! Se tomarmos atenção, até pode ser dos mesmos autores... Até que acabamos a descobrir fanzines perfeitas, influências directas ou indirectas. A riqueza está no engenho e talento empregues com bom gosto SOBRE o que outros músicos já nos tinham trazido há 10, 20 ou 30 anos atrás. Juntem-lhes imagem: Não, não temos um vídeo-clip... Sejam mais profundos, seus brincalhões! Quando a partitura da música faz parte da própria manifestação da arte, quando o sub-texto da própria música se materializa em quadros em movimento... Cinema. E, realmente, a vida precisa de uma OST... e, às vezes de uma sala de edição, onde deitar para o chão os bocados cortados que não interessam.

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